...
fala sobre o motivo da pausa na carreira (o sentimento de sufocamento pelas cobranças externas e internas) e ao me deparar com o depoimento de Mayra Sigwalt sobre como precisou sair do seu ramo de trabalho por sofrer inúmeros abusos, fiquei me perguntando: por quê?
. Por que acreditamos que a falha é individual? Por que vemos o adoecimento como falha? Por que aceitamos o risco do adoecimento como inerente a crescer na profissão?
. Sim, cada um precisa se conhecer, entender seu limite, estabelecê-lo e se cuidar para que seu labor (dentro das possibilidades financeiras, claro) não vire seu inferno. Mas, como sociedade, necessitamos que o trabalho não se torne o inferno, que o assédio não seja admitido, que mais e mais pessoas passem pela dor de adoecer pelo trabalho (e muitas vezes não ter o privilégio de sair dele).
. Como? Nos conhecendo e nos fortalecendo. Conversando com colegas e familiares que vemos passar por isto - ajudando a pensar em estratégias de mudança. Denunciando.
*